Não. A violência pode estar presente em todo o tipo de relações (ex.: nas relações de amizade, nas relações de namoro, nas relações conjugais, nas relações ocasionais/ “curtes”, nas relações de trabalho). A violência também pode existir em casais de diferentes idades – um exemplo disso são as situações de violência no namoro durante a adolescência. Há alguns estudos que têm mesmo chegado à conclusão que a violência no namoro é mais frequente do que a violência entre pessoas casadas ou em união de facto.
Nas relações de namoro entre os mais jovens as formas de violência que surgem com mais frequência são a violência verbal e a violência psicológica: gritar, chamar nomes, apontar defeitos e falhas, humilhar junto de outras pessoas.
Apesar de estas formas de violência poderem parecer menos graves, costumam evoluir: com o passar do tempo a violência torna-se mais grave, mais perigosa para a vítima, mais intensa e mais frequente, isto é, acontece cada vez mais.
Sim. O facto de namorares com outra pessoa não te obriga a ter relações sexuais. A decisão pelo início do envolvimento sexual deve ser discutida em conjunto (para se perceber as vontades, expectativas e receios de cada um) e tomada livremente, por cada um dos elementos do casal.
Algumas situações de violência sexual no namoro têm a ver com a ideia de que o sexo é obrigatório ou que “faz parte”. Por outro lado, quando a violência sexual acontece, a vítima pode não identificá-la como uma experiência de violência (por exemplo, acham “normal” ceder e aceitar ter relações sexuais porque o/a namorado/a insiste muito ou faz ameaças de que acaba a relação se não o fizerem). Para mais informações vai a VIOLÊNCIA SEXUAL.
A probabilidade de as raparigas serem agressoras é igual à probabilidade de os rapazes serem agressores. As diferenças estão nas formas de violência que cada um usa:
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As raparigas costumam agredir através de estratégias de violência que não necessitam do uso da força física (ex.: insultar, gritar, envergonhar);
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Os rapazes mais facilmente utilizam a violência física (ex.: bater, empurrar, agarrar) e têm, por isso, maior probabilidade de magoar a vítima ou causar-lhe ferimentos.
Ajudar e dar apoio a um/a amigo/a que esteja envolvido numa relação de namoro violenta pode ser um fator importante para que ele/a consiga colocar um ponto final na situação.
Se conheceres alguém que é vítima de violência por parte do/a seu/sua namorado/a, há coisas que podes fazer para ajudar. Vai a FOSTE TESTEMUNHA – O QUE FAZER? para saberes mais.
Se conheceres alguém que está a ser violento/a na sua relação de namoro, chamares a atenção para o facto de o que ele/ela faz estar errado e dizer-lhe que pode procurar ajuda pode fazer uma grande diferença. Consulta FOSTE TESTEMUNHA – O QUE FAZER? para saberes como o podes fazer.
Não. A violência nunca é justificável, qualquer que seja o comportamento ou o erro que o/a namorado/a possa ter cometido. A violência é uma forma errada de resolver os problemas e de lidar com os conflitos e desafios das relações de namoro.
Se foste traído/a pelo/a teu/tua namorado/a, a melhor opção é sempre conversar, expressar claramente o que estás a pensar e a sentir e talvez…terminar a relação (se achares que não és capaz de voltar a confiar nessa pessoa). Vai a terminar a relação para mais informações.